Sem dúvidas, a melhor forma de explorar a web
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O iPad, novo produto da Apple, ganhou as prateleiras norte-americanas e já no primeiro mês, a empresa vendeu quase 1 milhão de unidades do aparelho. “A definição das fotos e vídeos é mil vezes melhor, como se você estivesse vendo em um DVD mesmo, pelo menos os filmes e fotos também, a qualidade é bem boa. Dá pra dar um zoom assim e o zoom parece infinito”, brinca nosso produtor.
E realmente, é muito fácil de se apaixonar pelo brinquedinho, principalmente se você for um applemaníaco. Bem leve, fininho, com uma tela de 9,7 polegadas e acesso a redes wi-fi, o iPad é perfeito para ser levado para todos os lados. No caso de quem viaja constantemente, o iPad deve se transformar em companheiro. “Eu não vou mais levar meu computador, eu vou levar ele. Ele é bem mais leve, bem mais rápido, dá para deixar ligado o tempo todo que não gasta bateria”, diz consumidores sobre a novidade.
O processador A4, fabricado pela própria Apple, mostrou-se bastante esperto. O iPad é muito mais rápido que o iPhone 3GS. E a possibilidade de ter um produto com acesso à rede 3G é bastante interessante. Os modelos mais completos vêm com essa opção e assim, é possível navegar na Internet de qualquer lugar. A duração da bateria também surpreende: chega a segurar por até 10 horas, trabalhando sem parar. Muita gente reclamou da moldura da tela, que é muito grande. Mas nós não pensamos assim. Ela é do tamanho ideal para não deixar que os dedos toquem acidentalmente a tela, olha só. E os aplicativos para iPhone funcionam aqui também. A diferença é a qualidade gráfica. Ao clicar neste ícone, a imagem é ampliada para ocupar a tela inteira. Já os aplicativos feitos exclusivamente para iPad são mais caros, custam em média 10 dólares, mas trazem gráficos incríveis. Os iBooks sobressaem, e ler histórias assim é bem legal. “Alice no País das Maravilhas”, por exemplo, traz objetos vivos, que dialogam com o leitor. E no iPad, o brilho e a luminância da tela não parecem incomodar os olhos, mesmo se a leitura durar por muito tempo. Taí um concorrente à altura para o Kindle. A leitura, aqui, é muito mais atraente.
Mas nem tudo é perfeito no mundo iPad. A loja brasileira de aplicativos ainda não foi lançada e para poder baixar qualquer aplicativo, é preciso que o usuário tenha uma conta na loja americana. E aí é necessário cartão de crédito internacional e um endereço fixo no hemisfério Norte – algo que, obviamente, a grande maioria dos brasileiros não tem. A tela é no formato 4x3 – o que vai contra o novo padrão de vídeos em alta definição, que é de 16x9. Tudo é exibido assim, com tarjas em cima e embaixo, apesar de oferecer qualidade, brilho e cores impressionantes. Com 2 cliques na tela, é possível aproximar a imagem e eliminar as barras, mas dessa forma as laterais são cortadas. Outro detalhe que depõe contra o iPad é o fato dele ainda não ser multitarefa. Até é possível ouvir música e navegar na internet simultaneamente, por exemplo. Mas os aplicativos mais pesados demandam processamento exclusivo. Para você começar a usar ele você tem que destravar no Mac, é só no Mac que destrava, nem um outro tipo de computador.
E o Flash, ein? Algumas empresas já estão reprogramando suas páginas para que elas possam ser visualizadas no dispositivo, mas isso ainda é exceção. . O teclado virtual é grande, mas assim como no iPhone, pode ser um problema caso você tenha que escrever um texto muito extenso. Fora que, pelo fato do produto ainda não falar português, não é possível acentuar ou escrever caracteres específicos como o ce cedilha. E uma câmera, por mais simples que seja, faz falta no tablet. Por que não incluir esse detalhe, ein, Apple?
É um bom produto? Sim, sem dúvida! Agora... vale a pena investir em um? Aí, a resposta pode variar de acordo com o seu perfil. A Apple diz que o aparelho foi pensado como um dispositivo para acessar mídia online. Nós também ficamos na dúvida em relação ao custo-benefício. Afinal, um netbook faz tudo que o iPad faz, por menos dinheiro. Claro, sem o charme todo do novo brinquedinho... Tem também a questão do uso mesm o teclado virtual é eficiente, é verdade, mas, onde apoiar o iPad para digitar um texto mais longo? Para aqueles que querem um dispositivo que se encaixe entre o smartphone e o notebook, o iPad pode ser uma opção – desde que você não se incomode em levar mais um badulaque por aí. Mas, quem tem problemas com teclados virtuais, não usa mochilha no dia-a-dia e faz questão de uma experiência mais completa de navegação na Web, bem como de mais recursos de computação, bem aí, talvez o iPad deixe a desejar.
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